ELEMENTAR, MEU CARO WATSON!

Na semana passada falamos sobre a fantástica criação da figura do detetive como personagem de ficção. Isto aconteceu quando, em 1841, Edgard Allan Poe apresentou Auguste Dupin.

Hoje, ao lermos seus contos, os argumentos podem nos parecer um pouco ingênuos. Mas na época, os primeiros leitores de ficção policial ficaram maravilhados. Poe queria que o gênero policial fosse intelectual/fantástico, fruto não apenas da imaginação, mas especialmente da inteligência. Por ser americano, ele poderia ter situado seus crimes em Nova Iorque, mas assim o leitor ficaria imaginando se as coisas se desenvolveram realmente desse modo, se a polícia de Nova Iorque age desta ou daquela maneira. Tornou-se mais cômodo e mais livre que tudo ocorresse em Paris, no bairro deserto de Saint-Germain. Por isso, o primeiro detetive da ficção policial é um estrangeiro, um francês.

Por que um francês? Porque quem escreve a obra é um americano que necessita de um personagem distante. Para fazer com que seus personage…

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Vera Carvalho Assumpção

Vencedora do Prêmio Ecos 2019, com a Obra “Topázio Azul”, Vera Carvalho nasceu e vive em São Paulo, e estreia na Editora Astronauta com o romance Royal Destiny, o quinto volume da Série Policial Detetive Alyrio Cobra. Prestes a embarcar em uma viagem para Veneza, o detetive recebe uma ligação. Um novo caso a ser investigado. Dois continentes, duas investigações. Entre elas um oceano de mistério!