A edição extra da Revista Mystério Retrô de Natal está sensacional. A grande atração é o conto de Agatha Christie, inédito no Brasil, traduzido por Tito Prates.
Na introdução, ele faz um histórico de onde o quando O BURRINHO TRAVESSO foi escrito. É um dos primeiros contos escritos pela rainha do crime e tem forte inspiração em um texto bíblico. Tito nos leva a imaginar Agatha, ainda garota, na igreja, sentada ao lado do Presépio, ouvindo o sermão em que o pastor pregou sobre o Livro dos Números 22: 20-35 e a história da jumenta do profeta Balaão, que foi surrada três vezes por teimar em não seguir o caminho que seu dono queria e se desviar. Este conto, ao lado de vários outros, referentes ao Natal, estão no livro A Estrela de Belém, já publicado em Portugal, mas inédito aqui no Brasil.
Em A LENDA DE PAPAI NOEL, Débora Gimenes nos conta a história de uma longínqua noite de Natal, no Polo Norte, em que o velhinho barrigudo estava se preparando para sair com seu trenó entregando os presentes, quando seu filho o avisou que alguém havia dado muito doce para as renas e elas estavam enjoadas e com dores abdominais. Seu filho conseguiu renas substitutas que não obedeceram ao comando e os levaram para uma caverna escura e apavorante. O que se seguiu depois, foi uma tragédia que durou séculos! Quer caber como se safaram desta tragédia? Está na edição extra da REVISTA MYSTÉRIO RETRÔ.
Christal Siqueira nos presenteia com trechos da Autobiografia de Agatha Christie, em que ela descreve os Natais da sua infância. Imagine uma criança de dez anos vivendo na Inglaterra, podendo frequentar Natais em casarões vitorianos, com dezenas de quartos, corredores, várias escadas e saletas, imensas salas de jantar com a mesa cheia de assados, massas, e sobremesas deliciosas. Estes casarões possuíam janelas enormes e mostravam o branco da neve do lado de fora. São cenários comuns nas histórias de Agatha. Christal Siqueira nos presenteia com trechos da Autobiografia de Agatha Christie e também com um quiz envolvendo duas obras: O Natal de Poirot e Pudim de Natal. Com uma leitura tenta consegue-se resolvê-lo.
FELIZ NATAL, CHARLIE PARKER de André Albuquerque, nos conta a noite de Natal de seu Batista, músico, saxofonista. No final da tarde, em cadeira de rodas, ele se despede do filho, nora e netos que lhe fizeram uma visita. Em seguida, leva um esbarrão do vizinho que quase o derruba. Aceitando as desculpas, ele entra em casa e brinda com a empregada que está de saída. Sozinho, serve-se de uísque e relembra seus bons tempos de músico famoso. No momento em que ele fecha portas e janelas da cozinha e abre o gás do fogão, Chalie (Bird) Parker abre a porta e entra sorridente, pega o saxofone empoeirado de cima da prateleira e se põe a tocar. Como será o final desta noite de Natal?
Por fim tem TOPÁZIO AZUL, conto meu, Vera Carvalho Assumpção. Em São Paulo, como fazia em todos os Natais, Carlos levou uma nova namorada para sua casa à beira da represa Guarapiranga. Desta vez havia uma novidade, Rose, a nova namorada, levou Marta, sua filha adolescente. Depois de se sentirem deslumbradas pela casa e a decoração natalina da sala, as duas foram para o deck onde uma vizinha, estava com o filho. Entrosadas na conversa, as mulheres, davam umas olhadas para Carlos que trabalhava com pá e picareta fazendo uma reforma no piso de um terraço ao lado da casa. Aquele era um ritual que fazia todos os anos no Natal. No dia 24 de dezembro, ele retirava o piso e cavava. No dia seguinte, 25, colocava o piso novo. Depois das bebidas, durante a ceia, ele presenteou Marta com um colar de ouro com pedras de topázio azul. O que vai ocorrer durante a ceia só vamos saber lendo o conto.
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