Primeiro capítulo de uma aventura do detetive Alyrio Cobra.
Uma tempestade de outono castigara São Paulo o dia inteiro. Relâmpagos e trovões ainda ressoavam enquanto Alyrio Cobra deixava o carro no estacionamento e se dirigia ao edifício em que ficava seu escritório. Seus sapatos e a barra das calças ensoparam-se em segundos.
Grandes gotas pareciam dedos irritados batucando no topo de seu guarda chuva, ele foi tomado por uma ansiedade que o movimentava com mais rapidez no meio de pessoas que, como ele, tentavam chegar a algum lugar em que não se molhassem.
Ao entrar no edifício, fechou o guarda chuva, balançou-o para tirar o excesso de água. Entrou no elevador. Ao descer no sétimo andar, foi diretamente para seu escritório. Tirou sapatos e meias. Colocou-os num canto para escorrer a água. Pegou a toalha do banheiro, tentou enxugar a barra das calças.
Ouviu três batidas na porta, George entrou em seguida. Trazia uma garrafa de vinho e um pacote.
– Você pegou muita chuva. Precisa …
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