Paisagens Noturnas foi publicado pela primeira vez no site “hotbook”. No começo deste milênio, Roberta Rizzo foi pioneira na criação de uma editora virtual e foi lá que nasceu o detetive Alyrio Cobra. O livro foi publicado em capítulos e teve muitas visualizações e leituras.
Em seguida (2003), Paisagens Noturnas foi publicado pela Editora Landscape que começava a traduzir livros policiais de sucesso. A editora criou o selo Suindara para autores brasileiros e o detetive Alyrio Cobra começou sua carreira em papel. Passou então para a KBRdigital e agora, junto com toda a coleção de investigações, está sendo publicado na plataforma KDP da Amazon.
O livro foi escrito num tempo em que se podia fumar em bares e restaurantes e também era um tempo em que alguns restaurantes tradicionais existiam no centro da cidade de São Paulo.
O detetive Alyrio Cobra é um paulistano quarentão que adora a cidade de São Paulo e tem como característica principal ser impessoal como ela. Não é um modelo de herói. É um cara que sobreviveu a decepções e, apesar das muitas imperfeições, é profundamente humano. Diante de antagonistas poderosos, Alyrio jamais fracassa, chegando sempre ao culpado. O que é considerado o final feliz das histórias policiais que tanto atraem público.
Em PAISAGENS NOTURNAS, Alyrio Cobra é contratado por um rico executivo, cuja irmã foi assassinada próximo à escola da periferia em que lecionava. Os assassinos são dois alunos da escola, que confessam o crime. O corpo já foi enterrado. Existem assassinos confessos e um bom motivo – a professora os perseguia e impedia a atividade de venda de drogas nas salas de aula, acabando por expulsá-los da escola. O livro é a história dessa professora assassinada e é também a história de uma série de quadros que retratam paisagens escurecidas pela noite e assombradas pela lua. O que uma coisa tem a ver com a outra é a ponta do fio de uma meada que o detetive Alyrio Cobra tenta decifrar. Até chegar à outra ponta, ele vai ter de enveredar por um mundo em que nada (nem ninguém) é exatamente o que parece ser e vai ter de correr contra o tempo para impedir que a mola propulsora que desencadeia os assassinatos seja estancada. No meio disso tudo vai encontrar fatos que remetem aos nevoeiros descritos pelos poetas românticos europeus do século dezenove, reproduzidos pelos estudantes da então recém-fundada escola de direito de São Paulo e retratados nos dias de hoje por uma pintora de nome Domitila.
O que se escreveu sobre Alyrio Cobra:
Pedro Almeida (escritor e editor da Faro Editorial) escreveu:
“Vera constrói tramas ricas, com detalhes sutis, recriando uma São Paulo do século passado sob o nevoeiro, tal como uma Londres dos trópicos. Pistas estão espalhadas pela história e convidam o leitor a viver na pele seu detetive em inesperados acontecimentos.”
Nic Nilson (cineasta e roteirista, autor e ator, tem em sua carreira a peça infantil “ O Grilo e o Vagalume” – autor e diretor – e o longa metragem com roteiro próprio: “O caso Shell- O lucro acima da vida”.
“Alyrio Cobra não é detetive de um só romance, mas uma personagem que trafega já por outros livros da autora, como foi em Mandalas Translúcidas, em Rigor da Forma, em Serpente Tatuada, em Royal Destiny. Um detetive que foi criado como foram criados Sherlock Holmes, de Sir Arthur Conan Doyle ou Hercule Poirot de Ághata Christie. Nesse caso, ele é o nosso detetive brasileiro, com nome brasileiro, com personalidade brasileira, e que apesar das nossas manhãs tropicais, banhadas pelo sol ardente, ele nos é familiar como um detetive londrino envolvido em seu Fog. Coube a autora Vera Carvalho Assumpção, desenhar para nós uma São Paulo escondida no tempo, com suas provincianas cheirando à naftalina, de onde ela molda Domitila como a suprema criatura e a faz ser a amada de Alyrio. Com maestria nos leva para lugares inimagináveis dentro da metrópole e nos apresenta um mundo fascinante com seus atores perambulando pelas sendas sombrias, como nos bons romances policiais.”
Felipe Pena (doutor em literatura pela PUC-Rio e autor do romance policial “Fábrica de Diplomas”) escreveu:
“O detetive Alyrio Cobra já entrou para a mitologia dos romances policiais brasileiros. E agora começa a ganhar o mundo por terras lusitanas. Prepare-se para degustar o trabalho de uma artesã do mistério.”
Lyslei Nascimento (Professora de literatura comparada da Faculdade de Letras da UFMG) escreveu:
“Vera Carvalho Assumpção, a nossa “Dama do Crime”, explora com perícia uma das características da narrativa policial contemporânea, o espaço urbano e suas contradições sociais, econômicas e culturais. Ao fazer de São Paulo o cenário onde o detetive particular Alyrio Cobra investiga crimes e mistérios, desde as suas primeiras aventuras – Paisagens Noturnas, Rigor da Forma e Serpente Tatuada -, a escritora conduz o leitor por uma cidade que se revela como um intrincado labirinto, inúmeras vezes mortal, multifacetado e atravessado por delitos e transgressões. Suas ruas, esquinas, praças e edifícios constituem espaços de um mapa literário, ou de um tabuleiro de xadrez, em diálogo com a poesia, a pintura, o cinema, a música, a culinária e a tecnologia.”
A história de São Paulo está constantemente retratada nas obras de Vera Carvalho Assumpção. Seu profundo conhecimento da história da cidade é fruto de anos de pesquisas, que ela utiliza em suas obras. É o caso, por exemplo, do conto premiado na Radio France, que é “A Biografia do Padre Ezequiel do Rosário”, baseado no processo de um padre paulista apontado pelo Santo Ofício. Um de seus contos participa da antologia Geração SUBZERO. Vera criou o detetive Alyrio Cobra que protagoniza os livros: PAISAGENS NOTURNAS (Landscap, 2003) RIGOR DA FORMA (KBRdigital 2009), PEÇAS FRAGILIZADAS (KBRdigital 2008 – Editora Laços 2016), SERPENTE TATUADA (KBRdigital 2013) MANDALAS TRANSLÚCIDAS (ZapBook 2014) e ROYAL DESTINY (KDP Amazon 2016).
Serviço:
PAISAGENS NOTURNAS
Plataforma KDP aMAZON 2016
Páginas: 200
Preço: R$ 10,15
fonte: http://assessoria.vrc.puc-rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=48423&sid=89