Num momento em que vivemos barbáries cometidas por pessoas que agem de acordo com uma seita criada por fake news compartilhadas ao delírio e que vão se tornando verdades no imaginário dos grupos, Debora Gimenes, em MORTE TATUADA, nos traz assassinatos que tem como protagonista uma poderosa seita.
Tudo começa na Avenida Paulista quando a jornalista Ana Cristina, a caminho do trabalho, presencia um carro em chamas e seu motorista morto e carbonizado. Embora parecesse um acidente, a intuição da jornalista lhe dizia que era um assassinato. Foi ali, enquanto buscava informações sobre o caso, que se deparou pela primeira vez com o delegado Ian Vieira, que logo se interessa pelo caso e pela jornalista.
A investigação segue e outros assassinatos ocorrem. Cris fica sabendo que Vieira fora companheiro de seu pai na polícia e sua mãe, Izabel, não gosta dele por achar que ele tem a ver com a morte de seu marido, pai de Cris, ocorrida há alguns anos.
Outras mortes ocorrem, inclusive a do ex namorado de Cris que se casara com uma de suas amigas. Entre sequestros e assassinatos a investigação vai enveredando por detalhes de uma seita onde os seguidores fazer uma estranha tatuagem: a caveira envolta no símbolo do infinito. A situação se complica de tal forma que Vieira pede ajuda a criminóloga Paula Oliveira. Cris fica sabendo que seu pai e sua avó foram membros da seita que continua viva e matando dissidentes e desafetos.
Provas vão surgindo. Pessoas que Cris conhece desde criança, e que ela jamais poderia imaginar, fazem parte da seita. Ao mesmo tempo que avançam na investigação, Cris e Vieira, apesar da diferença de idade, vão se envolvendo e se apaixonando. Izabel, mãe de Cris, desaprova o namoro. Apesar das muitas dificuldades, a busca pelos membros da seita e pelo criminoso segue com voltas e reviravoltas surpreendentes.
Débora Gimenes tem uma escrita fluida e constrói um mundo vivo nos colocando no centro de um turbilhão de acontecimentos. Uma vez começada a leitura é impossível largar o livro. Ao estilo Agatha Christie, todos os personagens têm motivos e culpas. Quem é de fato o assassino/a e mentor dos assassinatos, só se sabe nas últimas páginas.
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